sábado, 9 de outubro de 2010

Embraed compra parte do Recanto das Águas Spa & Hotel

O projeto é erguer três torres de edifícios na área da Praia do Coco, numa parceria da pousada com a construtora. Ministério Público tem ação embargando a obra.


Segundo informou o jornal diarinho, o dono da construtora Embraed, Rogério Rosa, confirmou ontem a compra da metade das ações da pousada Recanto das Águas, de Balneário Camboriú, que pertence à família Schurmann e é administrada pela empresa Vila do Farol.
O Jornal Bravos Amores tinha informações neste mesmo sentido, e confirmou a operação junto à Construtora Embraed.
Rogério Rosa disse que firmou a sociedade com objetivo de aprender e contribuir com o segmento hoteleiro. No papel, o projeto é bem ambicioso, com a projeção para construção de três edifícios na área.
Havia indícios que alguma coisa grande estava acontecendo quando em 2009, aconteceram denúncia de um grande desmatamento na área dentro do Recanto das Águas, indo parar o caso no Ministério Público Federal, através das Associações de Voo Livre e Associação de Moradores da Praia dos Amores.
Rogério admitiu que já era parceiro no projeto de construção das torres, e afirmou que a possibilidade de uma sociedade na administração da pousada surgiu a partir de uma necessidade de fortalecimento do negócio. “Acho que a sociedade entre Schurmann e Rogério Rosa fortalece as posições”, disse. 
O empresário não revelou qual o valor total do negócio de compra da metade das ações, mas admite que tá feliz com o novo desafio, e pretende acompanhar de perto daqui pra frente. “A Embraed já tá com 26 anos. Pretendo estar mais presente na administração da pousada”, declarou.
O diretor geral da empresa Vila do Farol, Mário Pêra, não confirmou e nem negou a compra das ações. “A negociação está em andamento adiantado”, limitou-se a dizer.

Obra embargada
Em outubro do ano passado, o MPF ajuizou uma ação civil pública com a intenção de embargar a construção de um dos edifícios planejados pela Embraed e o Recanto das Águas, na área da praia do Coco. O procurador Pedro Nicolau Mauro Sacco, responsável pela ação, embargou a obra. Na época, o MPF alegou que a empresa não podia construir na área por haver irregularidades nas autorizações ambientais. A solicitação de liberação das obras das torres foi negado duas vezes pelo MPF e pelo Ibama. Mesmo assim, houve a supressão de vegetação de mata nativa no local, ocasionando a denuncia dos moradores da Praia Brava.
A assessoria do procurador informou que a Embraed e o Recanto das Águas recorreram da decisão, mas o recurso ainda não foi julgado.
Rogério diz que as torres serão um complemento do negócio, que eles têm as licenças e tão brigando na justiça. “Este incremento visa aumentar a capacidade da pousada, movimentando ainda mais a economia e o turismo da região”, justificou.

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