quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Grupo de pesquisadores desenvolve cidade sustentável do futuro

Pense por um instante: como serão as cidades daqui a 100 anos?





Imagine se as casas do futuro fossem seres vivos, “nascendo” junto à natureza? E se os cidadãos circulassem em dirigíveis? E houvesse o máximo de aproveitamento de espaços verdes? Uma verdadeira revolução do conceito de cidades e habitações.

Foi com esta ídeia que surgiu o projeto Terreform One, desenvolvido por um grupo filantrópico

envolvendo especialistas em arquitetura, engenheiria, ciencia, urbanização, design, e até artistas, que desenvolvem projetos urbanísticos sustentáveis e autosuficientes, buscando à construção das cidades do amanhã.

Prazo para que as idéias apresentadas tenham chance tornarem-se realidade? 150 anos.

Mas, algumas delas começam a despertar interesse real na aplicação, e outras, já provocam mudanças no conceito de arquitetura, mobilidade urbana e quebra de dogmas clássicos de nossa civilização.

Urbanista visionário

Um destes gênios que idealiza projetos visionários na área é o líder ecológico do desenho, urbanismo e arquitetura, Mitchell Joachim, mencionado pela revista americana Rolling Stone, como um dos cem agentes de mudança dos Estados Unidos, pela publicação Wired, uma das 15 pessoas mais inteligentes do país.

Mitchell Joachim descarta o rótulo “sustentável”. Para ele, o termo “tem uma acepção muito frágil” e ao mesmo tempo “genérica”, pois não passa ideia de “evolução, inteligência e crescimento”. Por essa razão, prefere considerar-se como “parceiro-ecológico”, pois é “a condição que define com precisão o cenário, combinando a parte cultural e social à científica. É uma mistura de tudo isso”.

Cidade Futurista

Joachim procura construir uma cidade autossuficiente: transporte inteligente, uso eficiente de recursos, geração energética, produção de alimentos e tratamento de resíduos, o que poderia “levar entre 100 e 150 anos”. As telecomunicações também ajudarão a redesenhar as metrópoles e, segundo Joachim, “não vai demorar muito para que essas tecnologias se tornem de uso público diário”. Com relação às mudanças no modelo de transporte, ele defende que serão necessários 15 anos até veículos elétricos serem vistos nas ruas. Mas para as modificações de fato ocorrerem nas cidades, o especialista imagina que essa mudança demore mais tempo, ao menos 30 ou 40 anos para que a quebra no paradigma do modelo de construção das edificações.




Construido os veículos em função das cidades

O conceito do automóvel urbano, selecionado pela revista americana Time como uma das melhores invenções de 2007, consiste em construir um veículo em função da cidade e não pensar a cidade em torno dos veículos, como atualmente ocorre.



Os habitantes da cidade futurista deverão compartilhar os veículos, o que significará uma redução do trânsito, da poluição e da dependência das energias não renováveis, como detalha Zipcar, companhia pioneira em oferecer este tipo de serviços.


Terreform One propõe a fabricação de veículos com materiais leves, como o neoprene, para que possam ser dobrados e carregados como carrinhos de compra e, além disso, serão menos perigosos ao terem contato com as pessoas nas ruas.

Os veículos, equipados com software que interliga os motoristas por meio de uma espécie de rede social, permitirão enviar mensagens em tempo real sobre direções, estacionamentos gratuitos, advertências de acidentes e imperfeições nas vias.

Outro projeto deste grupo é a construção de um ônibus dirigível, onde os passageiros poderão subir e descer facilmente, já que alcançaria uma velocidade máxima de 24 km/h e os assentos seriam a poucos centímetros do chão”.





Urbanismo autossuficiente

O desenho de paisagens urbanas visualmente atraentes está incluído nos sonhos de Joachim. O Terreform One elabora a construção de parques públicos, espaços verdes com lagos artificiais para tratar resíduos, limpar o ar e a água, produzir energia e controlar o bioclima estacional.

Aposta também no desenho de cidades construídas a partir de resíduos (plástico para a fenestração, compostos orgânicos para os andaimes temporários, metais para as estruturas principais) e a construção de casas usando organismos vivos.

A idéia é construir uma “casa vegetal” usando uma técnica de jardinagem ancestral: erguer paredes a partir de enredadeiras, arbustos e árvores. Com alguns andaimes e um sistema de controle vegetal, é possível direcionar o crescimento da vegetação com geometrias calculadas. Por outra parte, Joachim entrou para o mundo da biotecnologia ao fundar, com o biólogo Oliver Medvedik, o instituto Bioworks e iniciar o cultivo orgânico de células, fazendo crescer carne in vitro para depois fabricar produtos de uso humano, como couro.





Cultivando Casas

Em uma de suas palestras, Mitchell Joachim apresenta um novo conceito de edificação de residências utilizando organismos vivos (vegetais) com o impagável título Don’t build your home, grow it! ou “Não construa sua casa, cultive-a!” E segundo Mitchell, porque devemos cultivar casas? Porque podemos!


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