sábado, 31 de janeiro de 2009

Vinhos e prazeres: Alaor Zacardi


O CHAMPAGNE - Saiba escolher o tipo ideal para cada comemoração.


Época de comemoração, celebração, momento propício para se falar do vinho ideal para festejar datas, o champagne. Só na região de Champagne, França, se produz o champagne, que é um vinho inteiramente produzido, colhido e elaborado naquela localidade. O champagne é uma manifestação vivificante e sensual, a bebida plena de casos para se contar, o vinho espumante de qualidade, apaixonante, definitivamente, “um estado de espírito”, sempre algo especial, e assim há de ser tratado. O cuidado começa com a compra.

Em princípio, acompanha todas as ocasiões e pratos, apenas há de ser o mais adequado para cada caso. Porém, poucos vinhos oferecem uma gama tão ampla. Cada produtor de champagne tem a possibilidade de dar à sua bebida um caráter pessoal mediante a mistura de variedades, vinhos procedentes de vinhas diversas e de idades variadas. Existem champagnes delgados e redondos, frutados e aromáticos, frescos e maduros, doces e muito secos, jovens e mais desenvolvidos.E, por suposto, bons e maus, finos e banais, harmoniosos e ordinários, caros e baratos. Precisamente no tipo de champagne mais apreciado, um brut não-safrado (sem especificação das safras das uvas utilizadas), ocorrem as maiores diferenças. Neste caso se aplica o conselho de um sommelier, um comerciante especializado, um vendedor expert de uma loja conceituada, ou, ainda, a própria experiência.

O champagne é um aperitivo maravilhoso, borbulhante, fresco e seco, o que vale para um grande grupo de bruts não-safrados e para os jovens blancs de blancs (elaborados apenas com uvas brancas). Estes últimos também acompanham muito bem as ostras e os mariscos.Para caviar e lagosta deve ser um brut algo mais vigoroso. Muitos pratos de pescados encontram a companhia ideal num brut ou num blanc de blancs, porém, à medida que o sabor, a consistência e o molho dos pratos se fazem mais fortes, também o champagne há de apresentar mais estrutura e complexidade, e resultam recomendáveis os vinhos safrados (com indicação de safras de uvas utilizadas) ou rosados. Também com o queijo se pode servir champagne seco mais forte, enquanto que com as sobremesas se recomendam as categorias de seco e semi-seco.

A temperatura mais favorável para servir o champagne está entre 6 e 9ºC, para o que convém refrescar o vinho com suavidade. O melhor é colocar a garrafa num balde cheio de água com gelo, no qual se mantém a garrafa depois de aberta. Não sirva o champagne em copos rasos, senão em flûtes claros, esbeltos, em forma de tulipa, com pé alto.

Dom Pérignon, abade do monastério de Hautvillers, foi quem, se não inventou o champagne na sua forma atual, tal como se afirma correntemente, realizou operações revolucionárias, sobretudo quanto à escolha de uvas, às técnicas de cultivo e à sua composição a partir de variedades e vinhas diversas. O êxito sobreviveu a guerras mundiais e a trocas de propriedades.

Festivo, refinado, elegante, espiritual, encantador, o champagne é um vinho que não se assemelha a nem um outro. Matizes de branco, de amarelo ou rosa, perfumes de especiarias ou de flores, sabores sutis, delicados e ricos, os champagnes são múltiplos e constituem um universo de infinita riqueza.­­­­­­­­­­­­­­­


De acordo com o seu teor em açúcar residual, o champagne é:

Extra BrutTambém conhecido como brut non dosé, brut zéro, brut intégral, trata-se de um champagne que apresenta até 6 gr/l de açúcar residual.

BrutApresenta de 6 até 15 g/l de açúcar residual.Sec

Apesar do nome, apresenta de 17 a 35 g/l de açúcar residual.

Extra-Dry (Extra-seco)Apresenta entre 12 e 20 g/l de açúcar residual

Demi-sec (Meio-seco)Indicados principalmente para as sobremesas, o conteúdo de açúcar residual destes champagnes oscila entre 33 e 50 g/l.

Doux (Doce)O conteúdo de açúcar residual é cada vez maior, superando o limite de 50 g/l.

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