Operação Monte Verde reduz ocorrências em Camboriú

SEGURANÇA

Empunhando fuzis e revólveres ponto 40, investigadores da Central de Operações Policiais (COP) de Florianópolis formam barreiras em Camboriú, no Litoral Norte, a cidade mais violenta do Estado, em comparação ao número de habitantes, desde o dia 28 de agosto.

A rotina tem se repetido com a chegada da Operação Monte Alegre que tem a finalidade de conter a onda de criminalidade nos bairros Conde Vila Verde, Tabuleiro e Monte Alegre. De janeiro até o dia 6 de agosto, foram registrados 32 homicídios na cidade de Camboriú.

Na segunda-feira, a operação completa o primeiro mês de trabalho. Diariamente, das 14h às 3h, os policiais vigiam as ruas. Partem da Delegacia Móvel instalada em um posto de combustíveis na entrada do bairro. O local foi escolhido por ser usado como passagem e rota de fuga de traficantes. No local, foram encontrados seis corpos neste ano.

Policiais circulam em duas Blazer do COP e se encontram alguém em atitude suspeita fazem uma revista. Até sexta-feira, houve 200 abordagens. As pessoas também são fotografadas. Os policiais preenchem uma ficha com as informações e repassam à Delegacia Regional de Balneário Camboriú. Lá, os dados são armazenados em um computador para a atualização dos dados.

Central de Inteligência mapeou zonas críticas

O delegado regional Ademir Serafim, coordenador da operação, explica que a Central de Inteligência, que opera 24 horas há pouco mais de um mês, foi importante para identificar pontos de tráfico e mapear zonas críticas do Monte Alegre.

– Fizemos um levantamento aéreo. Foram mais de 200 fotos de casas e pessoas. O objetivo é estancar os homicídios e tentativas de homicídios. Prendemos traficantes sem dar nenhum tiro – garante Serafim.

O coordenador da Central de Tecnologia da Informação da Delegacia Regional de Balneário Camboriú, Rodrigo Junkes, afirma que a investigação partiu dos locais onde os 32 corpos foram localizados. Por meio do Google Earth, as áreas dos homicídios foram marcadas, com nomes das vítimas, idades e motivos do crimes. A maioria teve relação com tráfico e consumo de drogas.

A operação continua pelos próximos 60 dias e a intenção é estendê-la a municípios com altos índices de violência, como Navegantes e Itajaí.