A Prefeitura de Itajaí precisa, com urgência, realizar algumas obras menores para amenizar a situação.
É de lastimar a atual situação destes dois bairros. Nunca se teve tantos transtornos em Praia Brava e Praia dos Amores como nesta temporada de 2008-2009.
As obras que seriam realizadas no decorrer do ano de 2008 e com previsão para finalização ao início de 2009 estão abandonadas, exceção da obra de saneamento, pela própria estrutura, mais morosa.
O abacaxi ficou nas mãos das atuais gestões municipais vencedoras.
Mas não são apenas as obras motivo de preocupação dos moradores destas duas localidades. A conservação de obras já realizadas está péssima. A Rua Delfim de Pádua Peixoto recebeu no início de 2008 a colocação de lajotas. Quem transita por lá tem que desviar dos diversos buracos, aclives e declives, formados com o desgaste de 1 ano!
A quantidade de lixo nos terrenos baldios, alagamento constante das vias, sendo que na Rua Carlos Drummond de Andrade as bocas de lobo praticamente sumiram com a nova obra de asfaltamento, buracos no asfalto.
As duas associações de moradores nada fizeram para reclamar com ambas as prefeituras sobre o caso, havendo em Praia Brava certa conivência com a gestão passada.
A situação é esta:
Em Praia dos Amores: lixo nos terrenos baldios, a Av. Carlos D. de Andrade em péssimas condições, buracos nas vias, alagamento constante e desrespeito completo à lei, onde praticamente cada proprietário impõe um estilo de calçada ou mesmo inexistem calçadas para os pedestres, entulhos das obras paralisadas juntando ratos e baratas.
Praia Brava: A começar pela Av. Beira Mar, praticamente intransitável em alguns trechos. Falta de lixeiras nas areias o que fez deste verão, um dos mais sujos de todos os anos. Esgoto rompido saindo no meio da Avenida.
Av. Delfim de Pádua, repleta de buracos e desníveis. Falta de calçadas e iluminação.
Av. Carlos D. de Andrade, buracos e mais buracos; deslizamento de asfalto onde passa o ribeirão Ariribá, tornando perigosa a situação; falta de bocas de lobo trazendo constantes alagamentos, falta de sinalização e muito entulho da obra em toda sua extensão.
A NOVELA: A OBRA DA AV. CARLOS DRUMOND DE ANDRADE AINDA SEM FINAL FELIZ.
Resumo da novela: o VILÃO – Prefeitura de Itajaí 2008. Não executou a obra e nem respondeu a comunidade. Balneário Camboriu 2008: namorada traída do vilão, não fiscalizou, mostrou indignidade com a traição, mas nada fez. O empresário: Construtora Azza. Colocou alguns figurantes em alguns capítulos, mas contracenava em várias "novelas" ao mesmo tempo. O bem intencionado: alguns moradores de Praia Brava e dos Amores que tentaram realizar passeatas e denunciar o atraso e indiferença. O telespectador: a comunidade de Praia dos Amores e Praia Brava. Só puderam assistir.
As prefeituras municipais de Balneário Camboriú e Itajaí, juntas ao Governo Estadual de Santa Catarina anunciaram em julho de 2008 um acordo para realização da Urbanização desta via. Asfaltamento e galerias pluviais.
A Av. Carlos Drummond de Andrade faz limite com os dois municípios, pertencendo, em trechos distintos a Itajaí e BC. Por esta razão, o acordo na execução da obra.
Era uma obra simples: BC, Itajaí e Governo de Santa Catarina entrariam com os fundos necessários a realização da empreitada. Itajaí executaria e BC e Governo Estadual fiscalizariam.
Empreiteira contratada a toque de caixa, AZZA CONSTRUTORA, mãos à obra.
Em poucos dias percebeu-se que a coisa não seria tão fácil. A Construtora AZZA constantemente interrompia a execução da obra.
Foi aproximando-se a eleição municipal e todos voltaram os olhos para o pleito. A partir de Novembro de 2008 nada mais se fez de concreto nesta via. Foi abandonada.
Itajaí não executou a obra, Balneário Camboriu não fiscalizou.
O Jornal Bravos Amores com insistência denunciava os atrasos, erros na execução da obra, e prejuízos que causaria ao turismo na região.
As Associações de Moradores não se pronunciaram.
Uma passeata foi organizada para pedir esclarecimentos das prefeituras, contando com o apoio do Jornal Bravos Amores e dos Consegs representantes dos dois bairros. A Associação dos Moradores da Praia dos Amores foi convidada a participar mas não compareceu.
As obras retornaram por alguns dias e novamente foram paralisadas. O CONSEG BARRA NORTE protocolou um pedido de representação junto ao Ministério Público.
E agora, como fica? O prefeito de Itajaí, Jandir Bellini anunciou que as obras sofrerão atraso e os contratos serão revisados. A prefeitura de Balneário Camburiu também deveria se pronunciar a respeito da fiscalização na execução da Obra.
O problema é que se tem urgência em retirar os detritos deixados pela Construtora Azza em toda a extensão da Avenida Carlos Drummond e urgência na correção do asfalto onde há buracos perigosos aos veículos e moradores.
O MORADOR "FUNCIONÁRIO" DA PREFEITURA.
Seu Isaltino, conhecido no bairro de Praia dos Amores simplesmente como Tino, tornou-se um símbolo da força de vontade individual sobre as mazelas das prefeituras.
Morador da Av. Carlos Drummond de Andrade, teve a nova boca de lobo instalada em frente à sua residência, entupida pelos entulhos da obra. Após muito insistir, conseguiu que alguns operários reconstruíssem a boca de lobo. Passou pelas provações comuns neste tipo de empreitada, falta de acesso à residência, barulho, etc.
Tubulação de esgoto danificada por conta de uma máquina barbeira, lá foi seu Tino novamente solicitar, com toda paciência do mundo, o desentupimento. Novamente, após dias, foi atendido pelos funcionários solidários.
Abandonada a obra pela Construtora AZZA, restou um buraco que atravessa a rua, onde passava a tubulação de esgoto. Esta "lombada do avesso" traz riscos aos veículos que trafegam na via, mas desta vez, seu Tino resolveu tapar o buraco por conta própria. A cada nova chuva lá vai seu Tino, com pá na mão tapar o buraco. Foram 6 vezes até agora e pelo menos mais uma que seus filhos ajudaram. Choveu, é só esperar que Tino estará lá.
Um verdadeiro funcionário não remunerado das Prefeituras Municipais de BC e Itajaí.
Seu Tino ainda comenta que pediram a ele que fiscalizasse o buraco.