sábado, 31 de janeiro de 2009

ENTREVISTA: ROGÉRIO MARTIN BENITEZ - Secretário de Governo, Planejamento, Orçamento e Gestão

Conversamos com o atual Secretário de Governo sobre a transição política, orçamento, e como não poderia deixar de ser, sobre Praia Brava.
Sr. Rogério Benitez, quais as principais funções da Secretaria de Governo, orçamento e gestão?
É importante aqui colocar, que a estrutura da Secretaria de Governo está sendo remodelada em busca de um maior equilibrio e transparência no atual governo. Pela gestão anterior, as atribuições da Secretaria de Governo, denominada oficialmente de Secretaria de Governo, Planejamento, Orçamento e Gestão, passavam desde a articulação das diversas unidades de governo, pelo planejamento estratégico, programação orçamentária, processos licitatórios, compras, gestão patrimonial, execução financeira até a gerência de algumas atribuições das demais unidades administrativas da Prefeitura Municipal de Itajaí.Dessa forma, a Secretaria de Governo Planejamento Orçamento e Gestão tinha uma grande estrutura, e por isso era chamada por alguns como a “Super-Secretaria”. Na gestão atual, o Prefeito Jandir Bellini está conduzindo uma nova estruturação administrativa de forma a elevar a eficiência da “máquina pública”, e algumas das atribuições futuras serão inerentes especificamente ao Planejamento e Orçamento.
Como é estar a frente de uma das mais importantes secretarias de estado do município? Aonde o Sr espera encontrar dificuldades?
Uma grande responsabilidade. Primeiro com o prefeito que me concedeu a honra de participar de seu governo. Segundo, com os amigos e conhecidos que me apoiam e estimulam a desenvolver o trabalho. E principalmente com todo o cidadão que reside em Itajaí. Apesar do trabalho da pasta não ter uma divulgação na mídia, seus resultados implicam em melhores condições a todos aqueles que aqui vivem e residem. As dificuldades são grandes, inúmeras, pois a cada dia aparecem surpresas. Essa situação deve-se ao fato que a transição não ocorreu o que implicou em falta de acesso as informações da situação e do projetos existentes. mas certamente serão vencidas, passo a passo, com a equipe de servidores que a Prefeitura possui.
Qual sua visão dos principais problemas em Itajaí e como é possível superá-los?
Itajaí não tem só problemas, tem um grande potencial que pode ser convertido em prol da solução dos mesmos. Todos os momentos difíceis implicam num engrandecimento pessoal e da mesma forma, creio eu, essa evolução afetará a cidade. Se hoje sofremos com as enchentes, tal condição irá nortear o futuro da cidade, implicando em soluções sustentáveis em relação aos novos paradigmas. A inovação, conforme estabelecido no plano do governo atual, certamente será a grande ferramenta da superação.
Há dúvida quanto a real situação orçamentária do município. Rumores indicam que algumas secretarias estavam com os telefones cortados e foi esta situação encontrada quando da posse. Isto realmente aconteceu? Qual a situação encontrada nos cofres públicos?
Existe um ditado popular que cita “Onde há fumaça há fogo”. O que posso afirmar é que o orçamento projetado para o ano atual foi por demais auspicioso e uma das primeiras medidas definidas será o ajuste das despesas para um patamar mais real evitando uma situação que possa vir a conflitar, ao final do exercício, com a Lei de Responsabilidade Fiscal. .
Ao final da gestão Morastoni, houve certo mal estar . A transição de governo não aconteceu como preconiza o bom entendimento democrático.Como o sr avalia esta situação e de que maneira afetou o início do governo Bellini?
Creio que a reciprocidade deveria ter sido a tônica do processo. Na mudança de gestão anterior, todas as portas do governo Bellini foram abertas, inclusive com o envio de projetos de leis para a Câmara de Vereadores no sentido de agilizar a gestão do futuro governo, ao contrário da transição atual. As parcas informações que agora foram disponibilizadas somente ocorreram “no último minuto da prorrogação”, não dando tempo a organização e planejamento da gestão atual. Infelizmente esse malefício não atinge somente a gestão do Prefeito Jandir, mas sim a toda a população que fica indiretamente afetada pela administração publica, principalmente se considerarmos que as ações do governo atual deverão ser feitas de forma transparente e regulares e, portanto, dentro dos prazos regulares.
O sr. é morador de Praia Brava. A região sofreu com obras mal planejadas e muita discussão sobre o Plano Diretor de Praia Brava, o chamado Plandetures – L permitindo edificações com mais pavimentos do que a comunidade supostamente gostaria. Como o sr. avalia a situação?
Como diversos outros projetos em execução na cidade, muitos dos programas e projetos desenvolvidos pela gestão anterior estão sendo debatidos em busca de uma solução que atenda melhor aos anseios da população.
Certamente irá se buscar a melhor solução, sustentável ambientalmente, politicamente, institucionalmente e economicamente a todos os impasses e o caso da Praia Brava não deverá ser diferente. Existem diversos moradores e proprietários de imóveis na Brava que possuem interesses diversos e difusos e uma contribuição interessante e inteligente por parte dos mesmos seria a participação no debate em busca de uma solução consensual. Não creio que a omissão seja o melhor caminho, pois enquanto alguns esperam, outros agem.. De nada irá somar ao processo “esperar a caravana passar para atirar a pedra”, pois daí será tarde. Propostas, independente do viés tomado, serão úteis na construção da solução que atenda ao anseio da comunidade local. Convido, novamente, aqueles que desejam um futuro para a BRAVA, e que sempre estão dispostos a brigarem pela BRAVA, a colocarem suas opiniões publicamente e oficialmente.

Vinhos e prazeres: Alaor Zacardi


O CHAMPAGNE - Saiba escolher o tipo ideal para cada comemoração.


Época de comemoração, celebração, momento propício para se falar do vinho ideal para festejar datas, o champagne. Só na região de Champagne, França, se produz o champagne, que é um vinho inteiramente produzido, colhido e elaborado naquela localidade. O champagne é uma manifestação vivificante e sensual, a bebida plena de casos para se contar, o vinho espumante de qualidade, apaixonante, definitivamente, “um estado de espírito”, sempre algo especial, e assim há de ser tratado. O cuidado começa com a compra.

Em princípio, acompanha todas as ocasiões e pratos, apenas há de ser o mais adequado para cada caso. Porém, poucos vinhos oferecem uma gama tão ampla. Cada produtor de champagne tem a possibilidade de dar à sua bebida um caráter pessoal mediante a mistura de variedades, vinhos procedentes de vinhas diversas e de idades variadas. Existem champagnes delgados e redondos, frutados e aromáticos, frescos e maduros, doces e muito secos, jovens e mais desenvolvidos.E, por suposto, bons e maus, finos e banais, harmoniosos e ordinários, caros e baratos. Precisamente no tipo de champagne mais apreciado, um brut não-safrado (sem especificação das safras das uvas utilizadas), ocorrem as maiores diferenças. Neste caso se aplica o conselho de um sommelier, um comerciante especializado, um vendedor expert de uma loja conceituada, ou, ainda, a própria experiência.

O champagne é um aperitivo maravilhoso, borbulhante, fresco e seco, o que vale para um grande grupo de bruts não-safrados e para os jovens blancs de blancs (elaborados apenas com uvas brancas). Estes últimos também acompanham muito bem as ostras e os mariscos.Para caviar e lagosta deve ser um brut algo mais vigoroso. Muitos pratos de pescados encontram a companhia ideal num brut ou num blanc de blancs, porém, à medida que o sabor, a consistência e o molho dos pratos se fazem mais fortes, também o champagne há de apresentar mais estrutura e complexidade, e resultam recomendáveis os vinhos safrados (com indicação de safras de uvas utilizadas) ou rosados. Também com o queijo se pode servir champagne seco mais forte, enquanto que com as sobremesas se recomendam as categorias de seco e semi-seco.

A temperatura mais favorável para servir o champagne está entre 6 e 9ºC, para o que convém refrescar o vinho com suavidade. O melhor é colocar a garrafa num balde cheio de água com gelo, no qual se mantém a garrafa depois de aberta. Não sirva o champagne em copos rasos, senão em flûtes claros, esbeltos, em forma de tulipa, com pé alto.

Dom Pérignon, abade do monastério de Hautvillers, foi quem, se não inventou o champagne na sua forma atual, tal como se afirma correntemente, realizou operações revolucionárias, sobretudo quanto à escolha de uvas, às técnicas de cultivo e à sua composição a partir de variedades e vinhas diversas. O êxito sobreviveu a guerras mundiais e a trocas de propriedades.

Festivo, refinado, elegante, espiritual, encantador, o champagne é um vinho que não se assemelha a nem um outro. Matizes de branco, de amarelo ou rosa, perfumes de especiarias ou de flores, sabores sutis, delicados e ricos, os champagnes são múltiplos e constituem um universo de infinita riqueza.­­­­­­­­­­­­­­­


De acordo com o seu teor em açúcar residual, o champagne é:

Extra BrutTambém conhecido como brut non dosé, brut zéro, brut intégral, trata-se de um champagne que apresenta até 6 gr/l de açúcar residual.

BrutApresenta de 6 até 15 g/l de açúcar residual.Sec

Apesar do nome, apresenta de 17 a 35 g/l de açúcar residual.

Extra-Dry (Extra-seco)Apresenta entre 12 e 20 g/l de açúcar residual

Demi-sec (Meio-seco)Indicados principalmente para as sobremesas, o conteúdo de açúcar residual destes champagnes oscila entre 33 e 50 g/l.

Doux (Doce)O conteúdo de açúcar residual é cada vez maior, superando o limite de 50 g/l.

SAÚDE ANIMAL: NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS


Dona Pulga e Seu Carrapato
Se o seu cão ou gato não pára de se coçar, é hora de tratá-lo.

O verão é a estação a qual a pulga mais gosta, pois adoram o clima quente onde os ovos eclodem com maior velocidade; porem as pulgas existem durante todo o ano.
A maioria das pessoas recorrem a algum tipo de tratamento somente depois que o ambiente ou o animalzinho já está contaminado. É sempre melhor prevenir do que remediar, pois uma infestação de pulgas ou carrapatos no seu animalzinho significa dizer uma infestação na sua casa também. Para um resultado rápido e eficaz, é preciso tratar tanto o animal como o ambiente.
Também é preciso que saber que os sabonetes e xampus anti-pulgas só matam as pulgas que estiverem no animalzinho no momento do banho e também não têm ação duradoura.

Cuidados Constantes
O controle ambiental deve ser feito com produtos específicos para esta finalidade.
No caso das pulgas, devemos dar uma atenção especial na região onde o animal dorme, pois é ali que se concentra a maior parte dos ovos, larvas e pupas, estágios anteriores do parasita.
Em se tratando de contaminação por carrapatos, os locais que requerem maior atenção são as frestas, buracos ou instalações (casinhas, canis, etc).
Feita a descontaminação do ambiente, com o produto específico, basta que o dono não se esqueça de usar regularmente o produto para evitar a reintrodução dos ectoparasitas (pulgas e carrapatos) no ambiente. Ainda que nenhum indício seja notado, os donos de animais devem se conscientizar de que o uso de produtos contra pulgas e carrapatos não devem ser algo circunstancial e sim uma medida freqüente, evitando assim infestações.
Junto com o controle ambiental devemos fazer o controle no animal, evitando também outros transtornos causados por esses ectoparasitas, tais como: coceiras, alergias, vermes ou mesmo doenças mais graves. Para isso existem desde coleiras a pipetas anti-pulgas e anti-carrapatos que são aplicados no animal.

Comando – Vem

O comando "vem" é extremamente importante pois é muito utilizado no dia-a-dia. Apesar de fácil de ser ensinado, a maioria das pessoas acaba utilizando esse comando em momentos errados. Falar "vem" para dar uma bronca ou para repreender faz com que seu cão prefira se esconder ou correr quando ouve essa palavra. Se você costuma usar "vem" para dar broncas, procure escolher outra palavra para o comando. Pode ser "aqui" ou mesmo o nome dele. Para ensinar esse comando, diga "vem" e em seguida mostre um petisco ou brinquedo e quando ele vier, de a recompensa.

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QUANDO UMA SIMPLES INFECÇÃO URINÁRIA PODE LEVAR AO ÓBITO.


A morte da modelo Mariana Bridi, 20 anos, causou comoção a nação.

Foi assunto de jornais e sites internacionais. A CNN abriu um fórum de discussão sobre o assunto e um programa de TV na Croácia e jornais espanhóis trataram do assunto.Ela estava internada desde o dia 3 de janeiro no Espírito Santo. Deu entrada no hospital com infecção urinária. O seu estado agravou-se velozmente, levando-a a um quadro dramático de septicemia (infecção generalizada). Esta foi a causa da morte, segundo a perícia.Hoje se sabe que o diagnóstico inicial, pedra nos rins, não estava correto.
A HISTÓRIA

Segundo o pai da modelo, ao final do ano passado, no dia 30 de dezembro, Mariana sentiu dores nas costas. Procurou o hospital-maternidade de Vila Velha, na Grande Vitória. Os médicos disseram que era cólica renal e receitaram um analgésico.Alguns dias depois, a modelo voltou a sentir dores e foi para um posto de saúde da prefeitura de Vitória. Os exames de urina constataram a infecção. Com dificuldades de respirar, ela foi transferida para o Hospital Dório Silva na Grande Vitória.O quadro já era grave. A infecção já havia se espalhado pelo corpo. Os médicos tiveram que amputar pés e mãos. As complicações aumentaram. Ela entrou em coma e não resistiu. “É uma dor que não tem tamanho”, define o pai da modelo.


Médico explica causas da morte da modelo Mariana

Diagnóstico precoce pode salvar pacientes.


O sofrimento e morte prematuros da modelo Mariana Bridi causam ainda mais impacto quando se pensa na causas do episódio. É muito raro uma pessoa morrer em conseqüência de uma infecção urinária. Segundo o médico especialista em infecções, Ricardo Lima, tudo depende do tempo entre o diagnóstico da infecção e o início da medicação. Mariana já estava em estado grave quando foi internada. Mas as bactérias identificadas no corpo da modelo não são comuns em infecções urinárias. "Pseudomonas e estafilococos são bactérias comumente encontradas dentro de um hospital, principalmente dentro de uma unidade de pacientes críticos, pacientes graves como a terapia intensiva", explica Ricardo. Poderia ter havido, então, uma infecção hospitalar? "Há uma luta constante da terapia intensiva, dos hospitais para que essas infecções cheguem a zero e a gente consegue em determinados momentos. Mas às vezes elas são conseqüências da agressividade do tratamento a que nós temos que submeter esses pacientes", esclarece o médico. Ricardo Lima explica ainda que o poder de uma infecção depende de três fatores, como num triângulo. O tipo de bactéria, a força dessa bactéria e o sistema de defesa da pessoa. Se for diagnosticada logo, os antibióticos atuam e acabam com ela. Mas se o corpo está debilitado, ou se o diagnóstico chega tarde, a situação se complica. No caso da modelo capixaba, a contaminação por pseudomonas e estafilococos chegou à corrente sanguínea. E foi atingindo outros órgãos, provocando micro coágulos que, obstruindo a passagem do sangue, teriam provocado entupimentos - conhecidos como tromboses - que levaram à necrose das mãos e dos pés de Mariana. Eles tiveram de ser amputados. Depois foi retirada uma parte do estômago. O corpo, cada vez mais enfraquecido, não resistiu. "Não é comum o jovem de 20 anos iniciar um quadro com infecção tão agressivo, e no caso dela urinária que, a principio, é uma infecção com uma bactéria de virulência resolvível ", afirma o médico. Para os pacientes, um alerta: "Em casos de sintomas de infecção procure um médico, evite a automedicação, faça os exames para que o médico decida qual é o melhor antibiótico", avisa o médico. O caso da modelo capixaba que levou a complicações como a amputação de suas mãos e pés é raro em jovens, mas pode acontecer se o sistema imunológico do paciente estiver enfraquecido ou se o atendimento médico tiver sido errado ou demorado. Esta é a avaliação do médico Ricardo Lima, chefe do Centro Terapia Intensiva do Hospital Samaritano e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. Quanto mais demorado o diagnóstico, mais difícil o combate ao problema. As bactérias se espalham e ficam resistentes, aumentando a chance de complicações. Todo tratamento depende de três fatores: da defesa imunológica do paciente, da quantidade de germes no organismo, e do tipo de germe. Quanto mais resistente o germe, mais difícil o tratamento - completa.

Prefeitura de BC barra proposta para aumento na tarifa de lixo

O prefeito Edson Piriquito recebeu em seu gabinete o diretor de operações da Ambiental Saneamento e Concessões, engenheiro Jurandir José da Silva. A Ambiental é a empresa responsável pela coleta do lixo e limpeza das ruas. Desde dezembro a empresa pede um reajuste de 7,2% na taxa do lixo, paga pelos munícipes. Participaram também da reunião o vice-prefeito, Cláudio Fernando Dalvesco, o secretário de Administração, Marcos Weissheimer e o presidente da COMPUR, Niênio Gontijo.
Na conversa com Jurandir o prefeito explanou que para haver algum reajuste a empresa deverá melhorar o serviço consideravelmente, pois nesta temporada, a Prefeitura está recebendo muitas reclamações de turistas e dos munícipes com relação à limpeza da Praia Central. “Não temos interesse de romper contrato com a empresa mas necessitamos ampliar o conceito de cidade limpa e discutir com a sociedade organizada eventual reajuste na tarifa”, explicou Piriquito.
Segundo o prefeito o reajuste está suspenso até a discussão com a sociedade já que é notório as falhas da empresa na questão de limpeza da praia e também de diversas ruas dos bairros da cidade. “Para isso vamos formar uma comissão com representantes do governo, das entidades e a empresa, queremos fazer uma análise dos custos e lucro da empresa desde a sua instalação no município”, diz o prefeito. Na semana passada, em reunião com Marcos Weissheimer, secretário de Administração do município, a Ambiental manteve a proposta de reajuste, que foi levado até Piriquito.
Weissheimer também acha que o momento é de cautela e revisão dos serviços prestados pela Ambiental na cidade.
A concessão - O Município tem o serviço de limpeza pública terceirizado através de concessão. O contrato de nº. 83/97 tem vigência de 20 anos e foi assinado no dia 29 de dezembro de 1997.

Roberto Souza Junior e Christina Barrichello: Novos vereadores


Tomaram posse dois novos vereadores em Balneário Camboriú. A posse dos vereadores foi acompanhada por familiares e amigos dos dois novos integrantes da Câmara. A vereadora Christina Barrichello assume a cadeira do PPS, ocupada pelo vereador Claudir Maciel, que responde pela secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal. A cadeira do vereador Nilson Probst (PMDB), que responde pela secretaria de Segurança Pública, passa para o suplente do partido, vereador Roberto Souza Jr, o mais jovem parlamentar da casa.

Christina Barrichello nem bem assumiu e já foi escolhida como líder de governo na casa.

Roberto Souza Jr, ou Juninho como é chamado pelos amigos, inicia seu primeiro mandato sendo o mais jovem vereador da casa. Uma de suas propostas de campanha foi o Gabinete móvel, um gabinete itinerante para ir aos bairros ouvir a população.

GOVERNO FEDERAL CONTRATA NOVAS EMPRESAS PARA RECUPERAR PORTO

A Secretaria Especial de Portos (SEP) divulgou no dia 13, em Brasília, os nomes das empresas vencedoras do processo de consulta emergencial para contratação das obras civis da reconstrução do Porto Municipal de Itajaí. O consórcio escolhido na consulta promovida pela Secretaria Especial de Portos para a construção dos berços um e dois do Porto Municipal de Itajaí, é composto pelas empresas Triunfo (que construiu o Terminal Portuário de Navegantes – Portonave), a Constremac (que está construindo o berço zero do Teconvi em Itajaí) e a Serveng. Já a empresa Construter ficará responsável pela reconstrução do pátio interno do Porto Municipal de Itajaí. O valor total a ser investido em Itajaí pelo governo federal é de 198 milhões de reais. Os valores envolvidos na recuperação total do Porto Municipal de Itajaí ficaram muito abaixo daqueles apresentados na primeira consulta emergencial, cancelada pela Secretaria Especial de Portos em dezembro, porque os preços cotados foram considerados muito acima do esperado pelo governo federal. A obra de reconstrução dos berços um e dois custará 170 milhões de reais (85 milhões de reais cada berço), enquanto a reconstrução do pátio interno tem custo previsto em 28 milhões de reais. O governo federal já havia liberado valor superior a 17 milhões de reais para viabilizar o serviço emergencial de dragagem do canal de acesso aos terminais que integram o Complexo Portuário do Rio Itajaí, bem como de sua bacia de evolução. O superintendente do Porto Municipal de Itajai, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, tem a expectativa de que a Secretaria Especial de Portos entregue a ordem de serviço para as empresas escolhidas na consulta especial ainda esta semana. Também acredita que o cronograma das obras estabeleça prazo máximo de seis meses para sua conclusão. “Com a dragagem sendo finalizada no mês de fevereiro, o Teconvi operando normalmente nos berços quatro e zero (cuja obra deve ser concluída brevemente), com a entrada em operação no Teconvi de cinco equipamentos de grande porte para o trabalho em terra, a previsão é que o Porto recupere 70% de sua capacidade operacional no curto prazo”, afirma Antonio Ayres.

FLAGRANTE DE DESRESPEITO! TURISTA EM BALNEÁRIO CAMBORiU

Para ampliar clique na imagem:









Jogo Rápido:


Foi notícia em Janeiro!





Obras em Praia Brava e Carlos D. de Andrade custarão mais e terminam somente em Junho.
Com três meses de atraso, empresa pode receber mais para entregar urbanização da avenida. O contrato para urbanizar a avenida José Medeiros Vieira, na orla da Praia Brava deve ser reavaliado. Assinado em julho do ano passado, prevê o pagamento de R$ 4,5 milhões para a empresa Viapav, mas receberá um valor extra e aumento no prazo para entrega dos trabalhos. O mesmo ocorrerá com a Av. Carlos D. de Andrade.
Porto propõe pacto de redução de 10%
A Superintendência do Porto Municipal de Itajaí está propondo um pacto a todos os prestadores de serviço vinculados ao Complexo Portuário do Rio Itajaí para que promovam uma redução de preços e tarifas em dez por cento, pelo prazo de seis meses, como forma de compensar e fidelizar os armadores ao Porto de Itajaí
Meio Ambiente de BC discute destino dos resíduos de construção
Balneário Camboriú será a primeira cidade de Santa Catarina a ter o plano implantado, em atendimento ao que preceitua o Conselho Nacional do Meio Ambiente, a ser implantado pela empresa LCG Consultoria, de Praia dos Amores.
Novo píer em Porto Belo melhora estrutura de recebimento de cruzeiros
As obras do novo píer devem começar em março, com investimentos na ordem de R$ 1 milhão. A nova estrutura poderá receber, ao mesmo tempo, 12 tênderes, pequenas embarcações que transportam turistas dos transatlânticos até a costa. O atual trapiche tem capacidade para dois tênderes.

DA LAMA AO ESTRELATO


Revelada em enchente de Santa Catarina, modelo se emociona ao lembrar tragédia


A voz ainda é de menina, mas a coragem é de gente grande. Em novembro, durante as enchentes de Santa Catarina, Isabel Cristina viu uma onda de lama invadir sua casa, na cidade de Ilhota, perto de Blumenau, e arrastá-la por 20 metros. Foi soterrada com toda a família e, na tragédia, perdeu quatro sobrinhos e um tio. Uma semana depois, o destino da menina, que fez 18 anos em dezembro, começou a mudar. Em reportagem para o programa ‘Profissão Repórter’, o jornalista Caco Barcelos foi à casa de Isa no dia em que os bombeiros encontraram os corpos de duas das crianças. Nos escombros, achou o ‘book’ de Isabel Cristina e mostrou as fotos em rede nacional. Não demorou muito e a agência Joy, de John Casablancas — descobridor de talento como Gisele Bündchen, entrou em contato com a catarinense. Agora, Isa começa a realizar seu sonho de infância e ilustra seu primeiro ensaio para a revista ‘Vip’, nas bancas amanhã. “Meu sonho é me tornar uma grande modelo e ajudar meu pai e minha mãe a reconstruir a vida deles. Temos que começar do zero”, diz, com a certeza de que vai lembrar para sempre os momentos de desespero. “Não dá para esquecer. Foram cinco perdas e mais a vida que meu pai construiu. Saí do hospital e não tinha uma peça de roupa. Tudo ficou debaixo do barro”, conta. “Faço minha comida, lavo minha roupa, tenho que me virar”, enumera, sem esconder seu lado frágil. “Tenho medo de São Paulo porque não conheço nada. Fico perdida nos testes”, confessa.

SANTA CATARINA PÓS ENCHENTE. Um relato indignado!

Urda Alice Klueger - Escritora e historiadora

Ontem minha cidade de Blumenau foi diferente. De repente, saído de todos os seus esconsos, uma população inteira de desvalidos saiu e até fugiu dos abrigos públicos mantidos nas escolas do município, e veio para praça pública. Quem era essa gente? Eram os trabalhadores de Blumenau, aqueles que passaram grande parte das suas vidas trabalhando para fazer a sua casinha, e que a construíram, a pintaram, a muraram, fizeram jardins, esticaram redes nas varandas para melhor poder conversar com suas mulheres ao por do sol, que nelas criam ou já criaram seus filhos, que tinham aqueles lugarzinhos bonitos, com cortinas na janela e roseiras perto da cerca – e que de um momento para o outro viram a terra desmilinguir, virar gelatina se liquefazendo, e suas casas irem embora dentro de mares de lama, tantas vezes levando junto entes queridos ... e que acabaram nos abrigos públicos de que já falei acima.Eu fiquei tão perdida no tempo desde que tudo começou que já não sei desde quando eles estão lá (e eu estou aqui, pois também sou uma desalojada), mas sei que foi logo a seguir do dia 20 de novembro. 21? 22? 23? Já não sei, e também não importa o dia, pois dia se emenda em dia(...)O Brasil e o mundo mandaram tantos donativos para cá que ficará difícil gastar tudo, mas alguém fica com muita coisa no meio do caminho. Sei de um abrigo onde há mais de mil sabonetes amontoados numa sala, mas que a pessoa que coordena o abrigo não dá sabonete para determinado abrigado que dele necessita, porque não lhe tem simpatia pessoal. E eu sei bem o quanto esse desabrigado é útil ao seu abrigo; como trabalha, ajuda, limpa, prepara comida ... que será que leva essa chefia de abrigo a ter tanta antipatia? Será que é porque não são da mesma etnia? Olhem os guetos se formando na Europa Brasileira!As histórias são inúmeras, desde aquele sargento que, faz poucos dias, proibiu a carne para os adultos de determinado abrigo, liberando-a só para as crianças – quando todos sabem que há um congelador chapadinho de carne lá na cozinha, que veio das tantas doações que todo o país mandou. E as roupas sujas de menstruação que se deram às pessoas do abrigo tal, para que as usassem (nada havia sido salvo das suas casas), enquanto gente do Brasil inteiro mandava roupas novinhas novinhas... Começa a pergunta: quem ficou com tantas coisas? E um diretor de escola que resolveu tratar logo os abrigados como porcos: picou aipim com casca e tudo, e misturou um bocado de carne, e sem sal, sem tempero, sem preparo, cozinhou aquela gororoba e só não mandou servir em gamelões porque deve ter ficado com vergonha. E outro diretor de outra escola, que se sente o dono do abrigo (a escola é publica, construída com legítimo dinheiro do contribuinte, e o diretor é um funcionário público, com o salário pago com os impostos daquela gente que está lá desvalida) e que não permite coisas básicas, como pais que vêm de longe para saber a sorte dos filhos, e sequer podem entrar lá para falar com os mesmos... e um outro chefe de abrigo, que vergonhosamente faz com que cada abrigado seja revistado pelos soldados lá de plantão, mesmo que o abrigado tenha apenas ido até à esquina comprar um pão.


A lista das humilhações e falta de respeito é tão grande que nem pensaria em tentar coloca-la aqui. Mas taí uma amostra. E mesmo assim, esses trabalhadores da minha cidade terão que deixar o abrigo dia 30.01. Muitos e muitos já acabaram desistindo dos maus tratos e das humilhações e indo para a casa de amigos, ou voltando para as zonas de risco, assinando documentos em que se declaram auto-responsáveis pelo que vier acontecer, caso algo lhes acontecer nas zonas de risco. Eles têm que se ir, sumir; a vida nos abrigos tem que ser a pior possível, para que os moradores desistam, sumam das estatísticas – é bem diferente construir mil casas do que cinco mil casas – sobra um dinheirão para os bolsos não sei de quem.Pois é, gente, deve ser por aí. Sei de algumas coisas: o Governo Federal colocou 1 BILHÃO e 700 milhões de reais à disposição dos atingidos – é um dinheiro ENORME. Sei que tal dinheiro abrange, também, construção de pontes, rodovias e correlatos, mas sobra MUITO dinheiro para construir casas para os nossos trabalhadores. Parte será emprestada através de financiamentos, mas parte também será repassada a fundo perdido. E nada se faz. E o dinheiro que o santo povo brasileiro tirou do seu bolso, do seu contadinho, e mandou para cá? Cadê tal dinheiro? Era dinheiro para o povo, assim como as outras doações eram para o povo – e sei que tem gente jogando caminhão de doação em beira de estrada porque já não há onde guardá-la. E o meu povo, a minha gente trabalhadora e construtora de Blumenau, a comer lavagem de porco e a usar roupas sujas de menstruação e a não ter acesso a sabonetes, onde há muitos milhares esperando para serem usados? Então ontem o povo foi para a praça, foi pedir explicações e justiça. Eu estava lá de três formas: como observadora, pois sou uma escritora; como militante dos Movimentos Sociais, e como desalojada também. Havia centenas de pessoas diante da prefeitura pedindo justiça, e o prefeito fez o que é de praxe em tais horas: sumiu, se escafedeu. Mas aceitou marcar uma audiência para a próxima terça.Toda essa gente merece satisfação: desde aquele humilde baiano que vi na televisão, depositando o seu troquinho de quem ganha salário mínimo, até aqueles que fizeram grandes doações – como também os nossos trabalhadores, os mais espoliados dos espoliados. É hora de obtermos respostas, e muito rapidamente. Eu, por exemplo, fiz meu cadastro de desalojada no dia 16.12.2008 – mais de mês, portanto. Deixei lá o endereço onde estou, o telefone, o endereço eletrônico – e até este momento nem uma vezinha alguém me disse a mínima coisa. Imagino que alguém ao menos deveria dizer: “há que esperar o final das chuvas para se fazer alguma coisa. A senhora, por favor, tenha paciência!” – mas nem isto.Se não dão satisfação a mim, conhecida como escritora bocuda, que publica em diversos continentes, o que algum dia dirão aos trabalhadores que constroem esta cidade? Decerto dirão algo assim:Sai daqui! Passa! Ligeiro! Senão vai ter cadeia! Seus arruaceiros! E aquelas pessoas que doaram, e doaram, e doaram... estava na hora de alguém contar como as coisas se passam.
Blumenau, 23 de janeiro de 2008.

CONVERSINHA VITERINÁRIA - Isaque Borba

Hoje vou contar uma coisinha, ou seja, uma conversinha que eu ouvi, há muitos anos atrás, quando eu era rapaz piqueno lá no Canto da Praia de Camboriú, entre o seu Nico carroceiro e o Zé Ventura, nosso curandeiro.
Se Zé, sabia tudo de benzimento e toda a ciência necessária às curas do nosso povo e seu animais.
Seu Nico foi consultá-lo porque seu cavalo estava praticamente morto.
Seu Zé na sua costumeira calma ouviu atentamente as explicações do amigo. Nosso veterinário Papa-siri, após ouvi-lo atentamente passou ao seu costumeiro e minucioso inquérito tão necessário um bom diagnóstico digamos “médico”. Ele dizia, ponan, ponan, antes de formar suas frases.
Eu que andava sempre em derridó do seu Zé Ventura, presenciei o colóquio que foi mais ou menos assim:
-Ponam, ponam. . . Andasse muito co teu cavalo nessa torreira do sóli, foi?
-Andei, um pouco; .... bastante....
-Sabes que essa suluna que anda esse verão, nem cavalo s’agüenta!
-Fazê o quê sô Zé, sô obrigado.
-O animáli tava bosteando mole ou bosteando duro?
-Mole, muito mole, sô Zé
- Merda preta ou amarela?
- Amarela, né, seu Zé, não assim que os animális cagam quando tão duente?
-Ramelava pelo um zólho ou ramelava pelos dois zólho?
-Nos dois né, sô Zé.
-Sortava uma gosma pelos nariz ou sorta essa gosma pela boca, tumém?
-Sorta uma baba grossa pela boca, sim seu Zé.
-Tá imperado? Sagüenta em pé ou tá estirado no chão?
-Tá morto, sô Zé, arriadinho, arriadinho no chão.
-Ponam, ponam. . . Trupediô nas pernas antes de se arriá, ou não?
-Ah, vinha trupidiando sim, trupicou diversas vez comigo em riba dele.
-Tá muito esbaforido, tá?
-É. . . Tava esbofando bastante, sim.
- Tava muito ansiado, tava?
-Muito, muito.
-Tentasse arribá ele?
-Num tentei num sinhô, o bicho tá muito arriado.
-Desse de bebê água a ele, desse?
-Di.
-Não arribô?
-Nada.
Então, Zé Ventura concluiu e mandou o veredito:
- “Ponam, Ponam, misim fio, vai pra casa pensado no homi mais mintiroso que tu cunhece im Cambriú, co teu cavalo vai ficá bom”.
O homem deu uma gorjetinha pro velhinho e foi-se embora, pensando no homem mais mentiroso de todo esse Camboriú.
Quando o homem chegou em casa, o cavalo estava morto. Indignado, voltou à casa do Zé Ventura para reclamar garantias. Chegou e já foi esculhambando com o velho.
- Oh sô Zé, dijaoje eu tive aqui, o sinhô mi atendeu, mi arreceitô uma receita, mas cheguei im casa e o mô cavalo tava morto. A sua simpatia num deu certo, eu fiz tudo certinho como o sinhô mandô, fui inté pensando no homi mais mintiroso de nosso Cambriú.
-Ponam Ponam misim fio, mi diga in quem que tu foi pensando?
-Eu fui pensando no meu vizinho, no Romeu – o Romeu Pereira. -Ponam Ponam misin fio, acuntece co Romeu não é dose pá cavalo, é dose pá inlefante, foi forte demági, mô filho!!!!

Espiritualidade Organizacional: O sentido que falta para o trabalho e a vida.

É incrível como nos tornamos, dia após dia, uma sociedade de depressivos e desconectados. São famílias desestruturadas, relacionamentos fragmentados e profissionais que vão ao trabalho de forma absolutamente robótica, minimamente inspirados apenas pelos seus salários do fim do mês.
Diferente do que se poderia imaginar, o fato de vivermos hoje em um mundo onde somos submetidos a muito menos privações que no passado e onde já não temos que fabricar nossa roupa ou produzir o próprio alimento, não se converteu necessariamente em uma fonte de felicidade. Ao contrário, é até possível dizer que a depressão, enquanto pandemia, é fruto exatamente de uma época onde já não encontramos sentido naquilo que vestimos, comemos, com o que trabalhamos ou com as pessoas com quem nos relacionamos.
É como se estivéssemos nos tornando uma legião de sonâmbulos que permanecem em um estado de torpor induzido, não raro por remédios, tentando acreditar que, se comprarmos mais alguma coisa, seremos capazes de preencher aquele incômodo vazio existencial.
Mas o vazio continua lá e insiste em não ser preenchido. E não poderia ser diferente, afinal este vazio não pode ser ocupado por nenhum objeto, pessoa ou “mimo” que você resolva recorrer para tentar minimizá-lo.Ele, na verdade, é um chamado de sua consciência que clama por algo que está além daquilo que é material: a sua espiritualidade. Mas aqui incorremos em um novo problema, pois muitas ainda confundem espiritualidade com religiosidade, sem entender que as duas não são necessariamente sinônimos.
Espiritualidade nada tem a ver com uma crença, dogmas ou verdades absolutas. Ela é a sua capacidade de sentir a conexão universal que nos une e que dá sentido e ordem ao mundo em que vivemos.
Toda a nova ciência de nosso século, sobretudo a física quântica, está se rendendo a esta verdade, ao perceber que somos limitados em nossa capacidade de entender a realidade.É por esta razão que ciência e espiritualidade voltam, pouco a pouco, a andar de mãos dadas.
Uma pessoa espiritualizada não sente necessidade de dizer onde esta a verdade: ela a vive em cada um de seus passos, em cada gesto, palavra ou pensamento que gera.
Desenvolver a própria espiritualidade é a melhor resposta para encontrar sentido em uma sociedade onde o consumo virou a “grande religião”.
É uma resposta inteligente por que permite que você descubra, neste momento, que nada lhe falta, que você sempre esteve completo, apenas não percebeu isso.
Somos assim como um carvão que foi dormir e acordou diamante. O que o carvão desconhecia é que ele sempre foi diamante: só lhe faltava o tempo (maturidade) e pressão (aprendizado).
Todos nós cometemos o mesmo erro, pois nos vemos como o carvão, cheios de imperfeições e “sujos”. Não entendemos que, assim como o carvão já é o diamante, nós também somos perfeitos. O ferro não vira diamante, assim como você nunca virá a ser nada: você já tem e já é tudo o que precisa, é só uma questão de despertar sua espiritualidade para sentir esta verdade.
É por esta razão que empresas e organizações que investem no desenvolvimento da “espiritualidade organizacional”, ou seja, no sentido de conectividade de seus colaboradores, são mais preparadas para competir em uma época de enormes dilemas, incertezas e desafios, em que vivemos.
Nestas organizações, que inclui a organização familiar, os membros entendem melhor seu papel e percebem que aquilo que estão fazendo e produzindo tem sentido. Estão, por assim dizer, mais conectados.
A consciência é a origem de tudo aquilo que fazemos e da forma como agimos e a espiritualidade é o exercício contínuo da consciência. Invista em sua espiritualidade e você descobrirá todo o potencial que existe em você.
Assim você descobrirá também o quanto a felicidade é um subproduto da sua espiritualidade e consciência, encontrando um novo sentido para a sua vida e das pessoas que o cercam.



Eduardo Almeida Coordenador EARS - Eduardo Almeida Responsabilidade Social

Peripatético: Reminiscencias e andanças - Pedro Washington Jr

Turismo é sinonimo de investimento. O nome mordeno é sugestivo: Indústria do Turismo sendo vista como uma cadeia de produção de serviços. Como toda industria, o investimento prevé retorno futuro. Investimento em insumos, formação dos funcionarios, estrutura da cadeia produtiva, marketing, feedback constante de satisfação, recall de produtos apresentando defeito.
O problema é que quase toda administração publica enxerga o turismo com miopia. Promovem ações isoladas, criam pequenos locais turísticos e pretendem com isto ter uma Indústria de Turismo.
Imaginem o que seria da Disneylandia se você deparasse com uma favela ao lado das instalações. O motorista da Van não falasse espanhol. Se o Mickey as vezes estivesse alcolizado. Se o Pluto tivesse o hábito de fazer xixi nos postes em seu intervalo de descanço. Se os atendentes mostrassem insatisfação ao atender. E principalmente, se a principal atração fosse apenas uma montanha russa e um show dançante. Você sonha em ir à Disney porque sabe que lá existe uma estrutura voltada para sua satisfação! Uma industria de sonhos.
Porto Belo aparentemente entendeu o recado. Talvez não o conceito de Indústria Turística pois a ação não pode ser isolada. Mas iniciou um investimento no pier para receber uma quantia maior de turistas e, mais importante, com perfil sócio-economico conhecido. Neste ponto, Porto Belo pode realizar os ajustes necessários ao atendimento destes turistas cuja preferencia, gostos e hábitos podem ser conhecidos através de pesquisas.
Balneário Camboriú não caminhou neste sentido. Por anos nossa “Indústria” de Turismo realizou ações isoladas. E o resultado está aí. Alguém duvida que o perfil de nossos turistas modificou nos últimos anos? Poder de compra, nível socio-cultural, capacidade de consumir.
Temos o turismo da farra, da bagunça, do boteco, do carro com som alto, das pickup desfilando na Av. Atlantica, do consumo de álcool e energéticos. Não temos o turismo da diversão. Temos uma babilônia onde Deus ainda não ficou enraivecido o suficiente.
Este tipo de turismo não gera uma receita de qualidade. Apenas algumas casas noturnas e postos de gasolina ganham com ele.
Perdemos investindo em operação verão redobrada, ostensiva e punitiva, para conter nossos próprios turistas beberrões. Precisamos de batalhões de garis limpando as areias das praias. Não temos guias mirins voltados aos turistas, transporte adequado onde o espanholito seja brasileiramente arriscado pelo motorista e cobrador, pelo garçon e pelo guarda municipal. Aliás as placas de nossos ônibus coletivos não indicam o trajeto para quem vem de fora. Linha 108?
Que tipo de turismo BC quer nos próximos anos?
PS. Praia dos Amores: Porque o bondindinho não vem até aqui? Não fazemos parte do roteiro turístico de BC? Não temos um dos mais visitados cartões postais de BC, o Morro do Careca, escolhido entre os 10 pontos turísticos do litoral norte de Santa Catarina?
Jo no devo estar solito nesta.

NAS FALA DO CORONÉ – Hugo Stockler

BRAVOS AMORES ACENDE SUA PRIMEIRA VELINHA
Como diz o Mané: não tem tu vai tu mesmo!
Dezembro 2008 dia 15 completou um ano de tiragem o BA. Ainda de fraldas sabemos de antemão desapercebido pela critica. Sem bolo de aniversário, sem festas que o “tutu”, o faz-me rir, ta de calça curta.
Deixando de lado o cabotinismo vá lá o devido histórico, a saudação.
Podemos afirmar sem duvida, Bravos Amores é rebento certo do TATUIRA.
Quando há três anos atrás ancoramos por aqui, único periódico existente, o Diarinho. Matutamos, porque não um informativo, um jornal local já que tanto a Brava como praia dos Amores comunidades em franco progresso? Conceber a idéia, fácil. Todavia materializar, outra conversa. A receptividade sondada então, chocha. Pouco entusiasmo. Se não nos falha o bestunto parece o que alavancou a idéia foi a penada da justiça no polemico plano de urbanização. Exigência de execução do plano até 24/12/005, sem mais delongas. Primeira porrada. Demolição sumaria dos aprazíveis quiosques de então, estabelecidos na areia dando seqüência a verdadeiras lambanças administrativas. Até a utopia de criarem dunas artificiais. Fatores que por certo provocaram o protesto da comunidade através da imprensa dando vasa ao TAUIRA e seu slogan: Enterrado, mas sempre antenado. Lançar lançamos! As nossas expensas e no peito! A guisa de protesto e possível base para um futuro jornal local. Infelizmente ficou no primeiro numero. Morreu na casca! Uma andorinha só não faz verão.
Da intempestiva penada da justiça e do cumprimento da mesma, bolufas! Até hoje aguarda a comunidade o seu cumprimento ou um mínimo, os rigores da lei para o não cumprimento. Vai-se o tempo...

PEDRO O INCENTVADOR.
Pedro Washington, ele mesmo. Egresso de Curitiba arreia a mochila com pretensão de aqui fincar o pé. Apresentado por filha da terra papo vem papo vai deixa transparecer a firme vontade de criar um informativo ou jornal para a comunidade. Topamos. Se der deu se não der valeu a intenção!
Na real valeu. Um ano! Ainda firmando o pé cá estamos contando com a boa vontade da comunidade do comercio e dos leitores. Caro Pedro, cerne do BA. Lierge sempre atuante, por sinal madrinha do Bravos Amores por ter sido a autora do nome, parabéns! VALEUUU!!!
VASSOURA NOVA...
Varre bem! Pelo menos é o que dizia minha saudosa mãe. E mãe ta com a razão sempre! Sem contestação. To certo ou to errado?
Pois vai daí, está a comunidade Brava e Amores com dois promissores vassouros novinhos em folha. Alcaide de Camboriu e prefeito de Itajaí. E cá na orla do mar nós os comunitários, no aguardo das urgentes e mais do que necessária providencias em obras para o almejado “SEJA BEM VINDO TURISTA”.
Convenhamos, “sem se ri e sem chorá”, nosso trecho Brava e Amores...Uma lastima, só pra porco! Babilônia de desacerto urbano!... Avenida e ruas? Mais buraco do que queijo suíço. Calçadas? Uma piada! Francamente, não sei de lugar nenhum, pelo menos eu, com calçadas inclinadas ou gramadas. Deve pegar bem pra nego capenga.Terrenos baldios ao Deus dará quase sempre deposito de lixo. Sinalização e indicações, muito a desejar. Com o despenco desta fabulosa catadupa de chuvas, trazendo todos os imprevistos indesejáveis é claro que temos que dar o devido desconto. Todavia que este desconto não seja usado como desculpa carcando a culpa pra riba do Divino. Há que se mexer! E é pra já! Vamos botá fé nos hóme! Voto de confiança pra ver no que vai dar.

DE MILICO PARA MILICO
Ta dando pano pra manga esta lengalenga da milicada contra a infausta negligência e relapsa atitude do Governo para com sua nobre e sempre leal milícia. Afinal de contas à premissa certa é de que insofismavelmente terminam os direitos do Governo onde começam os nossos (ou o deles). Antes do agrado das promessas, na euforia da campanha e depois no acerto legal declarado pela lei 254/003 dando o direito, porque agora não dar o pirulito para a criança? À DEUS O QUE É DEUS À CESAR O QUE É DE CESAR.
ILEGAL A GREVE?
Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus interesses (DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS – ArtXXIII ).
Salvo melhor juízo, a APRASC foi criada com a aquiescência do Governo Estadual chefe supremo e o “pode” do Comando Geral de então. Finalidade? Defesa dos interesses da classe.
Pois, pois, JUSTIÇA ATESTA ILEGALIDADE DO MOVIMENTO (A Noticia 23/12) conforme art. 142 da Constituição da Republica. Assim falaram os togados. De taxativo nada diz o art. 142 sobre o não poder praças policiais militares entrar em grave. Quiçá o enquadramento no § 1º do citado art.
Há que se dar conta de que as Forças Publicas, como eram denominadas as Policias Militares no passado foram criadas como reservas do exercito dentro do regime militar. Atuavam como forças estaduais militares dadas às consecutivas revoltas de então. Subordinadas, portanto ao R.D.E. e outras leis militares. Eram então empenhadas como tais. Agiam digamos em caráter militar setenta por cento. Isto nos idos tempos!
Pós-guerra insinua-se a predominância voltada para a verdadeira e autêntica função o POLICIAMENTO. Hora de trocar a espada pelo cacetete. Quebrar a crosta militar integrado-se quase que cem por ao mundo civil. Em assim sendo, quer queiram ou não, são as policias militares entidades híbridas, ou seja, civil-militar.
Greve meus leitores?...O ultimo cartucho. O direito ao ultimo tiro.
Que esperar de um governo que acintosamente cozinha em banho-maria o direito insofismável e adquirido (lei 254) marombando matreiro em total desrespeito a seus subordinados? Dane-se o governo caloteiro e sua politicagem inconsequente e desastrosa!

BAR NA AREIA?
Pendenga polêmica. Incômodo certo pra administração, povão e turistas.
Cá pra nós, que pega bem um bom sombrero uma mesa e a distinta “gelada” na comodidade fresca da areia, atendimento presto enquanto joga-se fora o papo furado com a beldade num biquíni ressaltando as curvas certas nos lugares certos. Que pega bem, pega mesmo! Sombra, mar, mulher, cerveja gelada, a vida que pedi a Deus! Eis senão quando no bem bom, surge a medonheira do fiscal da “Prefa” alardeando prepotente, as prosopopéias da lei, chutando o pau da barraca mandando para as cucuias sem mais aquela o feliz momento. Uma naba! Este o lado o do banhista folgado, irreverente, de bem com o mundo.
Do outro lado o morrinha.
- Porras! A praia agora virou a bar? Onde vou estender minha esteira? Essa invasão é fim da picada. Quem quiser beber que vá beber no bar porras! Esse troço é ilegal. Areia é pra tomar sol. Merdas de fiscal nenhum pra bota jeito nisto?...
Pois agora!... Existe legislação a respeito? Pode ou não o comercio usar o espaço destinado aos banhistas.
Acreditamos que o bom senso possa resolver a parada, ou seja, que se delimite espaço aos amantes da “gelada” na areia e outro tanto para os atletas e banhistas radicais.
Realmente o abuso de mesas e cadeiras frente aos bares não pega bem!
Simples questão de hermenêutica administrativa!

PRAIA DOS AMORES, BOATO GEOGRAFICO?!!!
Já comentado cá na coluna tempos atrás a incongruência praia dos Amores sem praia. Dizem, nos antigamente, o Araribá responsável pelos limites, desaguava mais ou menos perto do Hotel Atlântico. Dali até o morro do Careca onde deságua atualmente, a então a Praia dos Amores que segundo informações extra oficiais assim foi denominada como Amores pelo fato de se prestar na época por lugar ermo ser, como reduto dos “maridões puladores de cerca” e da corriola amante da libidinagem. É o que dizem e eu não afirmo. Com a palavra os antigos da terra já que nada de oficial encontramos a respeito.
Todavia seja como for, porque não, de uma vez por todas as Câmara de Vereadores Camboriu e Itajaí acertarem de vez o mérito da questão?
Certinho bem certinho, todo este tempo como morador da Praia dos Amores não sei onde começa e onde acaba. Alguém aí pode me dizer? Inté!





Critérios estranhos

Explicar até que o ministro Tarso Genro tenta. O difícil é entender o critério. O mesmo governo que nega asilo político a dois atletas cubanos que tentam fugir do regime ditatorial cubano, concede-o a um suposto criminoso condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos. Isto é: privilegia-se o regime reconhecidamente férreo de um país comunista e se dá as costas à decisão judicial de um país democrático, cuja Justiça funciona a contento, de tal forma que o modelo de combate à Cosa Nostra serve de modelo a outros países em que a máfia atua. O Ministro Tarso Genro que apesar da preferência demonstrada pelo presidente, optando provisoriamente pela candidatura de Dilma Rousseff, ainda alimenta esperança de ser o escolhido final na disputa à Presidência, parece com suas atitudes estar acendendo velas para a esquerda. Sonha que a ministra, apesar da nova programação visual que vai merecer até máscaras de Carnaval, instrumento inteligente para sua popularização, não consiga superar o temperamento que dificulta sua convivência com os pobres mortais. O agradinho a Fidel e seu regime quase falido, que procura agora cair nas graças de Barack Obama para sobreviver, sabe bem ao gosto da esquerda nativa de quem ainda é o “queridinho”. Os argumentos do ministro da Justiça em ambas as situações comportam contestação. O benefício da dúvida que teve agora sobre uma eventual perseguição política que Cesare Battisti sofreria se voltasse à Itália, não foi concedido aos boxeadores cubanos. Nem se questione a concessão ao italiano por ter em sua banca de defesa um advogado que sempre foi figura respeitada no PT: Luiz Eduardo Greenhalgh. Também o questionamento sobre se teria sido concedido a Battisti amplo direito de defesa, não resiste à qualidade da Justiça exercida naquele país, bem mais antiga que a nossa. Além do que a denúncia sobre os quatro assassinatos supostamente cometidos por ele partiu de um ex-companheiro de convicções ideológicas. O que parece certo é ter o Brasil se enfiado numa “camisa de onze varas”, sem nenhum resultado prático, em nome de uma suposta “soberania nacional”. Soberania se comprova quando o Brasil enfrenta de forma firme as demonstrações de intolerância de vizinhos como Evo Morales, agora de novo beneficiado com investimentos brasileiros, depois de ter tripudiado sobre a mais importante empresa brasileira: a Petrobrás. Ou quando não se rende às fanfarronices do presidente equatoriano. Logo, logo, teremos o paraguaio Fernando Lugo impondo regras ao Brasil. Como lembrava meu velho pai: “quem se abaixa demais, mostra regiões que o pudor deve recatar”. Ou algo parecido!
Pedro Washington é jornalista no Paraná, com passagem pela Rádio Difusora de Itajaí na década de 1960.

A quem interessa legalizar o aborto?

A Igreja Católica, como qualquer outra instituição religiosa séria, prima pelos conceitos morais que devem sempre nortear a relação fraterna entre as pessoas.
Quando ela se manifesta contrária ao aborto, é porque faz parte de sua natureza defender a preservação da vida em toda a sua concepção e extensão. Assim, com todas as restrições que porventura se possa fazer às suas posições dogmáticas e seculares, ela ainda é o ponteiro que orienta a maioria das famílias brasileiras para o bem.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, certa feita disse que "o aborto deve ser tratado como um problema de saúde pública e um direito de ser discutido de maneira laica pelas mulheres, com todas as condições que o Estado tem de oferecer". Não se discute a laicidade do aborto, mas o aspecto moral e de responsabilidade das mulheres em suas relações sexuais voluntárias.
A mulher moderna, do alto de sua liberdade, tem afirmado que é dona de seu corpo, que paga imposto e que pode decidir se deseja ou não interromper uma gravidez indesejada. Com todo o respeito ao livre arbítrio de decisão defendida por parcela de mulheres, não é bem assim, de forma liberal, que o tema deve ser resolvido. A interrupção de uma vida não pode ser levada para o terreno da banalidade.
Gravidez indesejada se poderia falar em caso de estupro. Na pior das hipóteses, o aborto terapêutico seria necessário para salvar a vida da mulher em caso de risco ou na circunstância de má-formação fetal, especialmente anencefalia, como já tem se manifestado favoravelmente o Poder Judiciário. Não sendo dessa forma, é preciso que a mulher e o homem tenham mais responsabilidade e assumam as consequências de seus atos negligentes demonstrados ao não se cercar dos cuidados necessários de usar os meios anticoncepcionais existentes ou conhecidos, hoje bastante difundidos pelo Ministério da Saúde.
O aborto proposital de uma relação sexual voluntária deve ser combatido como forma de preservação dos valores morais, dentro de um quadro de responsabilidade que deve coexistir entre os seres humanos. É verdade que o aborto clandestino tem aumentado a estatística de acidentes com mortes de mulheres. Mas a sua legalização será o passaporte para consagrar a promiscuidade sexual - juvenil e adulta.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

Empresário versus empregado

A presente crise econômica mundial, excetuando as razões que levaram o mercado americano à bancarrota com sensíveis reflexos em outras economias do planeta, serviu para mostrar a insensibilidade de grupos empresariais gananciosos, que só se preocupam com a voracidade dos lucros de suas empresas e se esquecem de dar segurança de emprego a seus empregados em momentos de transição conjuntural.
Essa visão de responsabilidade empresarial com os seus empregados deveria ser uma preocupação de todas as empresas. O empregado é uma das peças fundamentais da engrenagem de um negócio. Não basta ter os componentes de fabricação ou de comércio se não existir aquele que saiba conduzi-los. Os dois estão intimamente ligados - empresário e empregado -, um depende do outro. É evidente que a direção de seus proprietários tem que ser respeitada, mas os fins dos negócios são alcançados graças ao bom desempenho do corpo de empregados.
Neste momento de turbulência da economia mundial, o mercado brasileiro já dá sinal de seu efeito maléfico com a previsão de muitas demissões anunciadas. Segundo a FGV, um terço das indústrias nacionais pretende demitir, o que representa o maior índice nos últimos dez anos.
A questão de emprego em atividades privadas, principalmente nas médias e grandes empresas, deveria merecer mais atenção de nossas autoridades políticas, governamentais e do Ministério do Trabalho. As empresas ao se estabelecerem deveriam sofrer um processo prévio para verificar a real capacidade (econômico-financeira) de poder suportar relativamente o seu quadro de empregados em determinadas situações - como segurança da manutenção de emprego do trabalhador.
Vejam o que está ocorrendo atualmente com a indústria de carros. Mal-acostumada com grandes margens de lucros, e mesmo recebendo dinheiro do governo para suas operações, anuncia demissões porque certamente não aceita reduzir a margem de sua lucratividade.
Antes de a China despontar para o mercado de calçados, muitas empresas exportadoras de calçados, no Vale do Rio dos Sinos, recrutavam empregados acima de sua capacidade de endividamento, visando atender, em grande escala, ao mercado americano, mas sem nenhuma preocupação com o futuro desses operários. E qualquer retaliação de política externa, ou defasagem cambial, logo batiam à porta das autoridades monetárias pedindo socorro e demitiam os empregados. Isso tudo ocorria e ainda ocorre por falta exclusiva de responsabilidade empresarial e por ausência de políticas públicas atuantes.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado