A mudança do código de zoneamento de Itajaí já começa a surtir efeito antes mesmo que a justiça decida sobre a ação proposta pelo ministério público estadual, que pretende barrar a aprovação de lei que determina onde se pode construir em Itajaí. A nova administração analisa os alvarás concedidos no governo anterior e pode impedir os planos das construtoras.
A empresa Procave Assessoria de Imóveis já recebeu autorização da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) pra construir um condomínio residencial no canto sul da praia Brava, depois de conseguir um alvará na prefeitura de Itajaí no fim do ano passado, logo depois que o código de zoneamento foi aprovado, sob protestos, na câmara de vereadores.
Outra empresa que também já está com tudo em cima pra começar a construir no paraíso do litoral Catarinense é a Brava Beach Empreendimentos Ltda, que já pediu autorização de corte de vegetação pra instalação do Condomínio Residencial Brava Beach.
Segundo o procurador do município, João Paulo Tavares Bastos Gama, tanto a procuradoria quanto a secretaria de planejamento e desenvolvimento urbano (Spdu) estão analisando, a pedido do prefeito Jandir Bellini, os alvarás concedidos no fim do governo anterior e devem, até na próxima terça-feira, decidir se suspendem as autorizações. "A prefeitura vai decidir se segue o caminho de lutar judicialmente pela manutenção da lei ou se envia à câmara um projeto revogando o plano diretor e parte pras audiências públicas pra apresentar uma nova proposta de lei", explicou.
Os abobrões da SPDU e procuradoria esperam pela volta do prefeito de Brasília, onde Jandir participa de um encontro de prefeitos. Na tarde de ontem, o prefeito estava no Rio de Janeiro, numa reunião com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho e não pode dar uma posição oficial da prefeitura.
Na Procave, ainda não há data prevista para o início das obras. De acordo com a assessoria de imprensa contratada pela construtora, os engenheiros da empresa ainda estão trabalhando no projeto do residencial que só deve começar a sair do papel no segundo semestre.
